A
VIDEIRA
“Eu sou a videira verdadeira, e meu
Pai é o lavrador.” — Jesus. (JOÃO, capítulo 15, versículo 1.)
Deus é o Criador Eterno cujos desígnios
permanecem insondáveis a nós outros. Pelo seu amor desvelado criam-se todos os
seres, por sua sabedoria movem-se os mundos no Ilimitado.
Pequena e obscura, a Terra não pode perscrutar
a grandeza divina, O Pai, entretanto, envolve-nos a todos nas vibrações de sua
bondade gloriosa.
Ele é a alma de tudo, a essência do Universo.
Permanecemos no campo terrestre, de que Ele é
dono e supremo dispensador.
No entanto, para que lhe sintamos a presença em
nossa compreensão limitada, concedeu-nos Jesus como sua personificação máxima.
Útil seria que o homem observasse no Planeta a
sua imensa escola de trabalho; e todos nós, perante a grandeza universal,
devemos reconhecer a nossa condição de seres humildes, necessitados de
aprimoramento e iluminação.
Dentro de nossa pequenez, sucumbiríamos de fome
espiritual, estacionados na sombra da ignorância, não fosse essa videira da
verdade e do amor que o Supremo Senhor nos concedeu em Jesus - Cristo. De sua
seiva divina procedem todas as nossas realizações elevadas, nos serviços da
Terra.
Alimentados por essa fonte sublime, compete-nos
reconhecer que sem o Cristo as organizações do mundo se perderiam por falta de
base. NEle encontramos o pão vivo das almas e, desde o princípio, o seu amor
infinito no orbe terrestre é o fundamento divino de todas as verdades da vida.
A Videira- (do livro:
Caminho Verdade e Vida – Espírito Emmanuel – Médium: F.C. Xavier)
Evangelho
Segundo o Espiritismo
C A P Í T U L
O X V I I - Sede perfeitos
INSTRUÇÕES
DOS ESPÍRITOS
O DEVER
Os destaques em negrito
são nossos
Item 7. O
dever é a obrigação moral da criatura para consigo mesma, primeiro, e, em
seguida, para com os outros. O dever é a
lei da vida. Com ele deparamos nas mais ínfimas particularidades, como nos
atos mais elevados. Quero aqui falar
apenas do dever moral e não do dever que as profissões impõem. Na ordem dos
sentimentos, o dever é muito difícil de cumprir-se, por se achar em antagonismo
com as atrações do interesse e do coração. Não têm testemunhas as suas vitórias
e não estão sujeitas à repressão suas derrotas. O dever íntimo do homem fica entregue ao seu livre-arbítrio. O
aguilhão da consciência, guardião da probidade interior, o adverte e sustenta;
mas, muitas vezes, mostra-se impotente diante dos sofismas da paixão. Fielmente
observado, o dever do coração eleva o homem; como determiná-lo, porém, com
exatidão? Onde começa ele? onde termina? O dever principia, para cada um de vós, exatamente
no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranqüilidade do vosso próximo;
acaba no limite que não desejais ninguém transponha com relação a vós. Deus criou todos os homens iguais para a dor. Pequenos ou
grandes, ignorantes ou instruídos, sofrem todos pelas mesmas causas, a fim de
que cada um julgue em sã consciência o mal que pode fazer. Com relação ao bem,
infinitamente vário nas suas expressões, não é o mesmo o critério. A igualdade em face da dor é uma
sublime providência de Deus, que quer que todos os seus filhos, instruídos pela
experiência comum, não pratiquem o mal, alegando ignorância de seus efeitos. O dever é o
resumo prático de todas as especulações morais; é uma bravura da alma que enfrenta as angústias da luta; é
austero e brando; pronto a dobrar-se às mais diversas complicações, conserva-se
inflexível diante das suas tentações. O homem que cumpre o seu dever ama a Deus mais do que as criaturas e ama
as criaturas mais do que a si mesmo. É a um tempo
juiz e escravo em causa própria. O dever
é o mais belo laurel da razão; descende desta como de sua mãe o filho. O
homem tem de amar o dever, não porque preserve de males a vida, males aos quais
a Humanidade não pode subtrair-se, mas porque confere à alma o vigor necessário
ao seu desenvolvimento. O dever cresce e
irradia sob mais elevada forma, em cada um dos estágios superiores da
Humanidade. Jamais cessa a obrigação moral da criatura para com Deus. Tem esta de refletir as virtudes do Eterno,
que não aceita esboços imperfeitos, porque quer que a beleza da sua obra
resplandeça a seus próprios olhos. – Lázaro. (Paris,
1863.)
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